REY, Marcos. Enigma na televisão. 2ª edição. São Paulo: Ed. Ática, 1989. 128p.
Créditos: Rogério Montenegro
Marcos Rey**, cujo nome verdadeiro era Edmundo Donato, nasceu em São Paulo no dia 17 de fevereiro de 1925. Era descendente de imigrantes italianos, viveu sua infância entre livros e começou a escrever cedo, tendo publicado seu primeiro conto aos dezesseis anos. Publicou mais de cinqüenta livros entre romances, contos, novelas e ensaios. Recebeu diversos prêmios literários e algumas de suas obras foram traduzidas no Exterior. Faleceu no dia 01 de abril de 1999 e teve suas cinzas espargidas de um helicóptero pela sua esposa sobre a cidade de São Paulo, cenário inspirador de seus romances.
Enigma na televisão, romance publicado em 1986, estava há tempos na estante aguardando uma oportunidade para ser lido. É um daqueles títulos da literatura infanto-juvenil, da Série Vagalume (quem nunca leu?!), que tinha o propósito de incentivar o gosto pela leitura nos jovens.
O livro conta a história de uma série de assassinatos de pessoas famosas ocorridos nos bastidores da TV Mundial, uma fictícia emissora de TV do Rio de Janeiro. Inicialmente, a suspeita volta-se para a Liga das Sentinelas, clube de senhoras que combatem a transmissão do que elas classificam como obscenidades, que invadem os lares e desencaminham a juventude. Mas muitos outros suspeitos irão surgir, seja por um ou outro detalhe. Paralelamente à polícia, o jovem repórter Ivo e a continuísta Renata decidem desvendar o enigma da televisão.
Além dos assassinatos e dos bastidores de uma emissora de televisão, também estão presentes temas como o conflito entre gerações e entre jovens e veteranos artistas, a confusão entre ficção e realidade, a espetacularização da notícia e o que uma pessoa é capaz de fazer para aparecer na mídia e fazer parte do mundo das celebridades.
A leitura foi empolgante, pois o enredo é bastante movimentado e tenso, além de ter um pouco de humor, em um ambiente onde não se perde a piada mesmo nas situações mais trágicas. Segue um trecho que merece destaque:
“Mais do que uma obrigação policial, era uma imposição popular. A Polícia teria que se rebolar para elucidar tudo.
Paulo Maciel, no telejornal das 19 horas, não abandonou sua trincheira, como lhe ordenara Miranda. Suas contínuas aparições no vídeo tornavam-no tão conhecido do público como os principais atores de novelas.
[...]
Miranda, vendo o teipe na redação do telejornal, exultava:
- O enigma está crescendo! Vamos dominar a audiência. Os produtores de novelas vão ficar com inveja.” (p. 19)
*Elaborada por Gláucia Ventura como requisito para participação no Desafio Literário 2012, no tema Serial Killer. Março de 2012.
** Quem quiser saber mais sobre a vida e a obra de Marcos Rey, pode visitar o site: http://www.marcosrey.com.br/
Enigma na televisão, romance publicado em 1986, estava há tempos na estante aguardando uma oportunidade para ser lido. É um daqueles títulos da literatura infanto-juvenil, da Série Vagalume (quem nunca leu?!), que tinha o propósito de incentivar o gosto pela leitura nos jovens.
O livro conta a história de uma série de assassinatos de pessoas famosas ocorridos nos bastidores da TV Mundial, uma fictícia emissora de TV do Rio de Janeiro. Inicialmente, a suspeita volta-se para a Liga das Sentinelas, clube de senhoras que combatem a transmissão do que elas classificam como obscenidades, que invadem os lares e desencaminham a juventude. Mas muitos outros suspeitos irão surgir, seja por um ou outro detalhe. Paralelamente à polícia, o jovem repórter Ivo e a continuísta Renata decidem desvendar o enigma da televisão.
Além dos assassinatos e dos bastidores de uma emissora de televisão, também estão presentes temas como o conflito entre gerações e entre jovens e veteranos artistas, a confusão entre ficção e realidade, a espetacularização da notícia e o que uma pessoa é capaz de fazer para aparecer na mídia e fazer parte do mundo das celebridades.
A leitura foi empolgante, pois o enredo é bastante movimentado e tenso, além de ter um pouco de humor, em um ambiente onde não se perde a piada mesmo nas situações mais trágicas. Segue um trecho que merece destaque:
“Mais do que uma obrigação policial, era uma imposição popular. A Polícia teria que se rebolar para elucidar tudo.
Paulo Maciel, no telejornal das 19 horas, não abandonou sua trincheira, como lhe ordenara Miranda. Suas contínuas aparições no vídeo tornavam-no tão conhecido do público como os principais atores de novelas.
[...]
Miranda, vendo o teipe na redação do telejornal, exultava:
- O enigma está crescendo! Vamos dominar a audiência. Os produtores de novelas vão ficar com inveja.” (p. 19)
*Elaborada por Gláucia Ventura como requisito para participação no Desafio Literário 2012, no tema Serial Killer. Março de 2012.
** Quem quiser saber mais sobre a vida e a obra de Marcos Rey, pode visitar o site: http://www.marcosrey.com.br/